Terminou nesta sexta-feira (6), em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Das 14,1 milhões de crianças que formam o público alvo, mais de 13 milhões já foram imunizadas. O número representa quase 95% de todos os menores de até 4 anos, 11 meses e 29 dias. No Estado do Rio de Janeiro, a campanha passou de 98% de imunização, e em Araruama mais de 90% das crianças com idade entre zero e 5 anos incompletos receberam a vacina.
- Até o dia 5 fechamos em 90,05% de imunizações, mas ainda estamos contabilizando o último dia de campanha para fechar o total geral – explicou Aurora Vicente, coordenadora de imunização do Departamento de Saúde Coletiva de Araruama, lembrando que “o grupo que teve melhor desempenho na campanha, foi o de crianças na faixa etária de 4 anos, que passou de 95% de imunizados. O que teve pior desempenho foi o de crianças de um ano: 85,58%”. Ainda segundo Aurora, enquanto houver vacina, a imunização continuará a ser feita, “mas somente nos postos de saúde”.
Poliomielite – A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.
- É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina – alertou a coordenadora de imunização do Departamento de Saúde Coletiva de Araruama.
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