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    Bairro da Passagem encanta com suas riquezas arquitetônicas e históricas


    Passeio pelas ruas estreitas do bairro serve como uma viagem na história de Cabo Frio

    O bucólico bairro da Passagem foi a primeira vila de Cabo Frio. Surgiu como ponto de apoio na travessia para o Canal de Itajuru, pelos pescadores. Passeando pelas ruas estreitas e de calçamento antigo, o visitante pode observar as casas em estilo colonial do século XIX, de janelas baixas e portas pesadas de madeiras. Muitas ainda conservam em sua cobertura as famosas telhas moldadas nas coxas das escravas grávidas. Suas riquezas arquitetônicas e históricas transformaram o local em um interessante e agradável ponto turístico.

    No centro do bairro encontra-se a Igreja de São Benedito e o largo de mesmo nome. Construída em 1701, a igreja para abrigar os escravos negros, pois a eles não era permitido frequentar a mesma igreja que os brancos. Dessa forma, nada mais digno do que colocar no altar mor um santo negro, São Benedito. A capela é bem menor e não ostenta a beleza barroca da Matriz Nossa Senhora da Assunção, mas sua riqueza está na simplicidade do estilo. Em frente à igreja, uma graciosa praça arborizada com bancos e deck dá ao local um charme único na cidade.

    Passeando por suas ruelas encontra-se a Casa do Príncipe, da década de 1950, com estilo arquitetônico mourisco, ou seja, de origem moura árabe. Quando D João de Orleans e Bragança casou com a princesa Fátima, irmã do rei Farouk do Egito, mandou construí-la, dando de presente ao jovem casal real.

    A presença da cultura islâmica é constante, as treliças das janelas e o átrio para o banho de sol, impedindo que as mulheres fossem devassadas, como também, na entrada da residência, o “Arco da Nascente”, simbolizando a fertilidade.

    Nessa casa, a família real passava os verões. O mar, os cavalos, e a pintura levavam D. Pedro em devaneios pelo oblíquo sol de Cabo Frio. Existem muitas lendas sobre a casa, mas a mais contundente é a que diz que foi perdida numa noite, num jogo de cartas. Na década de 70, a casa passou a pertencer ao então senador Magalhães Pinto, que era visto constantemente passeando pelas praias de Cabo Frio.

    Atualmente a propriedade particular está sendo toda adaptada internamente para funcionamento de uma pousada.

    Em frente à casa encontra-se o canal de Itajuru e uma prainha, onde ainda hoje encontra-se pequenas embarcações de pesca com um deck, possibilitando os amantes da natureza curtir a tranquilidade do local. Atualmente, a Passagem é ponto de encontro de boêmios e seresteiros, e também é conhecida por ser um polo gastronômico, com diversos bares e restaurantes.

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